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A Vodafone cedeu-nos o seu novo smartphone Google Nexus S, fabricado pela Samsung, mas com “coração” Google. Muito se espera deste equipamento, e acreditem que ele tem muito para dar.
Começamos por prestar os nossos agradecimentos à Vodafone Portugal pela disponibilidade e prontidão em nos enviar este “bichinho” para testes. O novo Google Nexus S é a nova coqueluche da Google, e embora tenha sido fabricado pela gigante Samsung, toda a parte de concepção e Sistema Operativo tem a marca da Google.
A Google apostou forte neste dispositivo e os resultados saltam à vista. O Nexus S possui um design muito apelativo e ergonómico. Um exemplo disso é o seu ecrã curvo. Sim, curvo! Aliás tudo neste equipamento é curvo. Aqui não existem linhas direitas e acreditem que isto dá um toque muito agradável e suave ao Nexus S. Medindo 63 mm x 123,9 mm x 10,88 mm e pesando apenas 129 g, é um equipamento que muitos desejarão possuir no bolso, e não é daqueles equipamentos que causem grande incomodo nas calças, por causa das suas linhas mais curvas.
O ecrã multi-toque do Samsung possui uma ligeira curvatura, que lhe confere uma maior ergonomia no uso, algo que ainda não tínhamos visto num equipamento deste tipo. Possui também uma camada repelente de gorduras, o que é ideal para um equipamento cuja interacção com o utilizador é feita essencialmente através do toque, deixando as inevitáveis dedadas, que se vão “auto-limpando”.
Este ecrã possui umas generosas 4 polegadas (resolução de 480x800) de tecnologia Super AMOLED com 235 ppi, que apresenta umas cores vívidas e brilhantes, um dos pontos mais fortes deste equipamento sendo o seu sensor do tipo táctil capacitivo com revestimento anti-dedadas.
A caixa do Nexus S vem recheada com os componentes do costume. O smartphone propriamente dito, o nosso Google Nexus S, um carregador para ligar à corrente, uns fones que dão sempre jeito e um cabo USB/micro-USB para ligação do Nexus S a um PC, por exemplo.
Quando falamos neste tipo de equipamentos é sempre normal a comparação com o iPhone. Ora comparações à parte, porque geralmente neste meio existem sempre alguns “fundamentalismos” entre os que gostam mais da Apple, ou da Google, pensamos que embora sejam equipamentos topo de gama, não se podem comparar directamente. Os Sistemas Operativos são diferentes, e as filosofias de cada ecossistema, também.
No Nexus S o SO é o Android (2.3.4 Gingerbread) enquanto que o iPhone vem equipado pelo iOS. Em termos estéticos o iPhone na sua quarta geração vem coberto de vidro, enquanto que o Nexus é mais “plástico”, mas o iPhone por seu lado é mais rectilíneo do que o Nexus, e em termos de usabilidade é menos suave que o gadget da Google.
O Samsung Nexus S possui dois botões principais “físicos”, o que regula o nível do som e o de ligar e desligar, complementados por mais quatro por software (toque), na base do aparelho, que podem ver discriminados na imagem. A Google prescinde do botão de disparo fotográfico, pelo que o mesmo terá de ser pelo software, o que por vezes atrasa o momento de tirar a foto. Outra funcionalidade que faz imensa falta, e por isso não podemos fazer uma análise detalhada ao software do Nexus S, é a do printscreen. Uma vez mais, e ao contrário do que já acontece no iOS, não existe a possibilidade de efectuar uma “fotografia” ao ecrã, não se percebendo muito bem porquê, a Google lá terá as suas razões…
Os sensores de proximidade e de luminosidade encontram-se no topo do ecrã frontal, junto à saída do auscultador, acompanhado pela câmara frontal do lado direito deste, enquanto que a câmara principal, que tira fotos a 5 Megapíxeis e filma a 480p, e o flash LED, ficam alojados na parte traseira, como é comum neste tipo de equipamentos, juntamente com a outra saída do altifalante para o toque e alta-voz.
Falemos agora do que vive dentro do Google Nexus S. O Sistema Operativo é uma agradável surpresa. Já tínhamos mexido nalguns equipamentos Android de mais baixa gama, mas o Gingerbread neste hardware é mesmo uma lufada de ar fresco. Nunca como agora a Apple se pode sentir ameaçada, pois este SO já “morde os calcanhares” ao iOS, tendo até algumas das suas funcionalizadas, como a da barra de notificações superior, sido “portada” para o novo iOS 5 que a Apple se prepara para disponibilizar em breve.
A interface do Android 2.3 Gingerbread é muito rápida, simples e fluida. A zona das aplicações possui uma fluidez fantástica, que vai rodando as aplicações como se de uma lista 3D se tratasse. É também possível adicionar novos widgets aos 5 ambientes de trabalho, clicando de forma demorada em cima do ícone. Outra “maravilha” para os nossos olhos, mas não para a nossa bateria, são as animações do fundo do ambiente de trabalho, que dão aquele toque especial ao equipamento, mas drenam um pouco a autonomia, bastante satisfatória, do Samsung Nexus S.
A Google tem trabalhado forte no que diz respeito à evolução do Android. Assim que ligámos o Nexus S à internet, uma tarefa também bastante simples, fomos de imediato notificados para a existência de uma actualização para o equipamento, que foi feita “over the air”, sem a necessidade de o ligarmos ao PC, o que com o iOS do iPhone, só agora irá ser disponibilizado. Começamos a perceber que esta “guerra concorrencial” saudável, começa a trazer os seus frutos para este segmento. Só nos resta esperar que o Windows Phone Seven entre em força também, para obrigar os fabricantes a inovar e lutar pelo seu share.
E já que falámos em internet, a experiência de navegação é brutal. Aqui sim podemos comparar com o iPhone e garanto-vos que a do Nexus é melhor. Até porque o Nexus permite a instalação do plugins Adobe Flash (único senão é que não vem instalado de raiz…estranho) e os sites, nomeadamente o Ticnologia, são carregados sem grandes alterações em relação ao seu aspecto natural para Browsers desktop.
A Google afirma que a autonomia do Nexus S é de quase 7 horas em conversação em 3G, duplicando em 2G, sendo que em modo de espera, pode atingir, espantemo-nos, quase 30 dias! (até 17,8 dias em 3G - 29,7 dias em 2G). Não fizemos testes exaustivos neste campo, mas podemos aferir que a autonomia é muito boa, mas que é algo penalizada em zonas de baixa rede. Aliás nestas localidades a bateria esvai-se muito rapidamente, pois o equipamento coloca-se em constante esforço de localização de sinal. Mesmo a utilização do WiFi e do browser não afecta muito a bateria, embora nos primeiros dias, a nossa ânsia de explorar ao máximo esta “pérola tecnológica”, obriga-nos a ligar o carregador mais vezes.
E por ser uma máquina recente, já inclui o novo processador Cortex A8 (Hummingbird) com 1GHz de poder de processamento, com uma memória flash iNAND de 16 GB, capaz de armazenar muitas e muitas fotos, assim como o nosso fiel MP3, etc.
No que diz respeito à qualidade fotográfica e de filmagem, o Nexus S possui uma câmara traseira com 5 Megapíxeis (2560x1920), que permite filmar com uma resolução de vídeo 720 x 480, com gravação de vídeo MPEG4 H.263, H.264, focagem automática e Flash LED. A câmara frontal é mais “fraquinha”, sendo do tipo VGA com uma resolução de 640x480.
Fizemos alguns testes à câmara fotográfica do Nexus e os resultados são muito bons. Lembramos que não se trata de uma máquina fotográfica topo de gama que também faz chamadas! Mas sim o inverso. Contudo mesmo em situações mais adversas, como em contraluz, dias chuvosos, interiores de edifícios etc. o Nexus S permite guardar todos os bons momentos e com alguma distinção.
O seu preço do Samsung Nexus S, actualmente disponível na Vodafone, é de €499.90, isto nas lojas físicas e menos 10€ na loja online. Aqui quem estiver indeciso entre um Nexus S e um iPhone 4, pode optar pelo primeiro e poupar uns cobres.
Em termos globais estamos perante uma excelente máquina e uma alternativa real ao eterno rival, o iPhone. Como aspectos positivos destacamos o design curvo, a ergonomia e suavidade ao toque, Sistema Operativo evoluído e aplicações Google como o Calendário, Google Earth, Talk, Livros e o browser, assim como o desempenho e qualidade do ecrã.
No lado das críticas, não temos muito a reparar mas não podemos de estranhar algo que nos aconteceu, não sabemos se será geral, mas a App Gmail é extremamente lenta a sincronizar, algo que realmente não se percebe, e apenas será explicado por alguma eventual “avaria”.
Outra crítica extra-teste, é referente às constantes notícias de aplicações infectadas que a Google não filtra no seu Android Market. Se a Google quer fazer a diferença e marcar pontos à Apple, tem de investir nesta área. Hoje em dia os nossos smartphones já armazenam muita informação crítica, e esta nas mãos erradas pode trazer-nos muitas dores de cabeça. De resto parabéns à Google e à Vodafone Portugal. Continuem o bom trabalho e tragam-nos cada vez mais alternativas e bons equipamentos.