Testámos o Nokia C6-01, um pequeno mas robusto telemóvel que alia a elevada qualidade de construção com uma autonomia e funcionalidades de topo.

O seu pequeno tamanho engana. Assim que o colocamos nas nossas mãos sentimos que se trata de um telemóvel “musculado”. Embora se trate de um dos mais baratos equipamentos com Symbian v3 da Nokia, o seu preço pode camuflar de alguma forma todo o potencial deste telemóvel com grandes tiques de smartphone, pois comparativamente a estes últimos, não lhes fica a dever quase em nada, no que diz respeito a funcionalidades avançadas.

O seu tamanho aliás é perfeito para os que não gostam de andar com grandes “tijolos” atrás, mas que não descuram possuir um equipamento com funcionalidades avançadas de conectividade e fotografia.

Uma das novidades que detectamos logo de início neste telemóvel que é o botão de ligar/desligar não vem no sítio do costume. Em vez de vir no topo do equipamento, vem no sítio do botão de desligar chamada, o que pode ser confuso na primeira utilização e fazer com que os utilizadores andem um pouco às “aranhas” para o encontrar. Por fim o hábito faz com que esqueçamos este mero detalhe, pois até faz algum sentido esta nova localização, e com ela poupa-se em botões desnecessários.

A Nokia volta ao look “metálico” que de início caracterizava os seus telemóveis. De facto esta é uma imagem que assenta bem nos Nokias, e no C6-01 confirma-se essa aptencia, pois o seu aspecto robusto e de construção cuidada, advém da sua traseira completamente metálica, sendo os botões laterais também em metal cromado, assim como o aro que envolve o vidro frontal, que tem tecnologia Touch.

O Nokia C6-01 nasce da mesma plataforma que o C7 e o N8, possuindo o mesmo processador, mas com um ecrã ligeiramente inferior, de apenas 3.2 polegadas. Pode ser um equipamento pequeno, mas isso torna-o mais discreto, sendo que o poder de processamento está lá.

A Nokia lançou recentemente as novas versões Symbian Belle e Anna e ainda fomos a tempo de testar a última, ao efectuar o upgrade no Nokia C6-01. De facto esta actualização é bem-vinda pois melhora muito o aspecto um pouco já “old” do Symbian v3, recebendo agora um lift cosmético que resulta em pleno no C6.

Em termos de performance não notamos grandes melhorias, pois o telemóvel já era rápido na versão anterior, mas no que diz respeito à fluidez de menus e interactividade, embora não tenhamos testado o Anna em modo exaustivo, pois só o actualizámos no final dos testes, notámos melhorias.

Ao encolher o C6-01, a Nokia teve de o “engordar” um pouco, de forma a que todos os componentes coubessem agora em menos comprimento. Este aspecto fez aumentar a altura do telemóvel que é de 13.9 mm, um pouco acima de alguns equipamentos como o iPhone 3G por exemplo, mas que se “perdoa” quando percebemos pela excelente autonomia do Nokia C6-01, que esta grossura esconde uma generosa bateria por trás, e essa autonomia é de facto um dos pontos a favor deste modelo, apesar de pesar 130 gramas.

O Nokia C6-01 é o primeiro equipamento Symbian v3 a não possuir armazenamento interno, ficando apenas essa tarefa relegada para o cartão microSD capaz de expandir o C6-01 aos 32GB, isto sem contar com os 340MB da memória do telefone. Embora seja necessário tirar a bateria para inserir o cartão, uma vez lá não mais temos que nos preocupar.

A Nokia continua a fazer depender o desbloqueio/bloqueio destes equipamentos, de um “botão-slider” colocado no lado direito do ecrã. Uma vez que a concorrência à muito que aboliu este botão, confiando apenas no ecrã touch para de alguma forma o fazermos, pensamos que a Nokia tem aqui um aspecto a corrigir. Outro aspecto que também merece algum ajuste é o efeito vibratório que podemos ou não activar para responder ao toque no ecrã. Já aqui tínhamos elogiado essa funcionalidade noutros testes a smartphones Nokia, mas neste equipamento preferimos deixar essa função desligada, pois a vibração sente-se algo “laça” não dando aquele feeling de naturalidade no toque.

No que diz respeito à câmara fotográfica, embora não tenhamos testado em exaustividade esta funcionalidade, pois sim é um telemóvel e não uma câmara fotográfica, as fotos tiradas com o Nokia C6-01 são muito satisfatórias, mostrando todo o poder dos 8 Megapíxeis de resolução da sua lente Carl Zeiss que também filma em HD a 720p.

A integração com o Windows Seven é também natural e nativa. Por exemplo neste printscreen já podemos aceder a algumas das funcionalidades do equipamento, sem termos instalado nenhum software.

Mas centremo-nos agora na fantástica autonomia do Nokia C6-01. A sua bateria de 1050mAh possibilita muito tempo de conversação e muito mais de standby.

Do lado da conectividade o Nokia C6-01 vem com tudo o que temos direito, desde o Wifi, Bluetooth, passando pelo cabo mini SD, por onde podemos “sacar” por exemplo as fotos tiradas com o C6.

No que diz respeito ao Sistema Operativo, o velhinho Symbian já foi muito falado, dispensando apresentações mais demoradas. Nota-se o esforço de integração com redes sociais, como Facebook ou Twitter, algo fulcral nos tempos que correm. A loja Ovi e os mapas são também pontos positivos a acrescentar à opinião geral sobre este equipamento.

Opinião global sobre o Nokia C6-01:

Assim que se pega no Nokia C6-01, sente-se que é um telemóvel robusto, de boa construção. Não testámos a sua resistência mas nota-se que a tem. Comparando com alguns dos seus “irmãos mais velhos” de uma gama um pouco mais baixa, é melhor.

O ecrã mostra uma imagem nítida e sensível para uma óptima utilização, gostámos. Pode-se tirar fotografias de qualidade, possui uma Câmara de 8 Megapíxeis (3264 x 2448). Também se podem fazer vídeos de qualidade (Resolução 720p com qualidade HD). Possui na parte da frente uma câmara secundária (VGA) para videochamadas. A bateria também tem um desempenho bom.

O software Symbian^3 ofereça uma utilização fácil e rápida de todo o telemóvel. A navegação nos menus é fácil e intuitiva.

Factor sem muita importância, mas que gostamos menos, foi na escrita inteligente de mensagens, não se consegue por um sinal de pontuação logo a seguir à palavra escrita sem que antes se posicione o cursor à frente desta.